segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

...tantas vezes castigada.

"Minha poesia, como lhe sou grato e como me conforta. Logo ela, tantas vezes castigada."

Lyad de Almeida

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A cobaia do “não”

Sou uma defensora do dizer “não” principalmente na educação dos filhos. Acho sinceramente que a vida nos diz muitos “nãos” o tempo todo e que seria cruel demais criar meus filhos sempre ouvindo “sim” e se deprimirem por conta de cada “não” recebido na posteridade, sendo que eles não foram acostumados com isso. Eu recebi “nãos” na infância e sou grata por eles. Mas lidar com isso não é fácil. Quando se trata de alguém que não foi habituado a receber pelo menos alguns “nãos”, complicado também. Mais complicado ainda, digo, mais complicado do que receber o “não” é dizê-lo. Você pode tornar outras pessoas mimadas, incompreensivas, com tendências fortes a frustração e depressão, ou ainda você de repente já tenha essas tendências, visto a necessidade de dizer “sim” com receio de que outras pessoas se afastem, lhe percam o carinho e o respeito. Definir o “sim” ou “não” deve ser resultado de bom senso conforme a situação, a resposta impulsiva pode até demonstrar insegurança, fragilidade, dependência, baixa auto-estima e causar complicações para ambas as partes. E nada melhor do que a verdade. Se algo lhe é pedido, não é necessário mentir para tentar não parecer incapaz por vontade própria, ou como se diz, aparentar ‘má vontade’, mas sempre há uma forma sutil de dizer o que realmente lhe é cabível. Não se pode agradar a todos, e uma vez li que “tentar agradar a todos é o caminho mais rápido para o fracasso”, não havia entendido a princípio o que queria dizer esse ditado, mas após algumas experiências profissionais, entendi a idéia, e me vejo várias vezes caindo nesse erro, tentar agradar a todos. “Cobrir um Santo, descobre o outro”, outro ditado interessante. Por fim, por já pensar dessa forma, me vi obrigada a pelo menos tentar ajudar com as palavras alguém que não sabia dizer “não” e que já sofreu muito por isso. Foi humilhado, explorado e mesmo assim ainda se sentia culpado e incapaz de fazer tudo para agradar totalmente outras pessoas. E olha que maravilha, um belo dia precisei da ajuda dessa pessoa, que sempre me atendeu prontamente e ele disse que não me atenderia, esbocei, óbvio, uma reação aflita quase até que agressiva, visto que nunca ele tinha me negado ajuda e vice-versa. Mas, após longa conversa e argumentação, ele só conseguiu me convencer quando disse: “Não saber dizer ‘não’ destruiu boa parte do que eu era e o gostaria de ser, você quer que eu volte a não dizer ‘não’ de novo?”. Não disse uma só linha a não ser: “Ok, você tem toda razão”. Depois concluí que o meu esforço foi válido, embora ele já tivesse me acostumado tão ‘mal’, tinha que colocar em prática o uso do “não” justo comigo? Rsss. Está certíssimo ele. Ele pode muito bem me atender numa outra situação e tudo bem.

Ah, aproveitei para pesquisar um pouco a respeito e encontrei essas observações sobre o dizer “não”:
>> Não comece pedindo desculpas. Isso poderá sugerir um eventual sentimento de culpa.
>> Pergunte a si mesmo se o pedido parece-lhe razoável e se você quer mesmo aceitá-lo ou não. Sempre que tiver dificuldade em se decidir, provavelmente sua vontade sincera é pelo não.
>> Se precisar de mais detalhes, peça-os antes de decidir.
>> Se chegar à conclusão de que deseja dizer não, faça-o sem rodeios e sem mentiras.
>> Seja breve, dê sempre uma explicação, mas que pareça mesmo uma explicação e não uma série de desculpas.
>> Muitas vezes não basta dizer não. Se desejar ajudar o outro (ainda que não queira fazer o que lhe pediu), ouça com atenção o que ela tem a dizer, exponha o motivo de sua negativa e veja se pode ajudar a encontrar outra solução para o problema.

“Dependendo do grau de submissão que sentimos em relação à opinião dos outros sobre nós mesmos, percebemos maior ou menor dificuldade em dizer não. Às vezes essa dificuldade é conseqüência do medo de parecermos egoístas, grosseiros, chatos, difíceis de lidar ou coisas assim. É fundamental para nosso bem-estar e para nosso senso de liberdade sabermos dizer não ou, caso contrário, podemos arriscar boa parte de nossa felicidade (e até da felicidade de nossos familiares) em função do outro.” (Geraldo J. Ballone - http://www.novaera.org)


Jenny Faulstich

sábado, 2 de janeiro de 2010

Como é estranho datar 2010...

...não pelo número em si, redondinho, até 'bonitinho', mas pelo que eu senti ao datar meu primeiro poema de 2010. Parecia ter sido ontem quando datava 1992. rs
E lá vamos nós, mais um ano, novo ciclo, novos projetos (ou antigos renovados, afinal, reciclagem tá na moda), novas esperanças de que seja o início de uma boa fase.
E assim, reativando a "realidade a varejo", e apresentando uma ideia "jennyal" desejo a todos um ano próspero, bem como diz o Houaiss:
1 que prospera, se desenvolve, progride
2 propício, favorável
3 que tem êxito; bem-sucedido, afortunado
4 que acumulou riquezas; rico, abastado
5 ditoso, feliz, venturoso

Um afetuoso abraço para todos!!
Jenny Faulstich
www.jennyal.com.br