quinta-feira, 4 de junho de 2009

Matando saudade de Quintana

Indiscutível Quintana!
Há pouco tive o prazer de me deparar por acaso com um presente maravilhoso que ganhei da amiga Célia Borges. Estava ele, ali, tão pertinho, escondidinho sob outro livro, meu Quintana de Bolso, bem vindo em qualquer momento. E justamente numa reflexão em que me encontrava, abri o livro em qualquer página, e bastou-me essa, para comover-me numa fusão do que sentia com o que eu lia.
Página 148

EU ESCREVI UM POEMA TRISTE

Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incerteza...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!


(Mário Quintana)

Passei o livro novamente a cabeceira, para ir matando a saudade em doses homeopáticas, afinal um poeta que cita Renoir na Canção da Vida, me fita com atenção e acalenta o meu coração.

Jenny Faulstich

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