Não sei o que eu quero,
Nem por isso tenho dúvidas:
Como meninos imberbes
Fronte seios fartos.
Não sei o que eu quero,
Nem por isso tenho dúvidas:
Como meninos inertes
Fronte seios parcos.
Qual navio à deriva,
Pendente do mastro,
Flana minha alma.
Com beijo e saliva
Descrevo um rastro
Em seu ventre sem calma.
Desejo que me rói.
Saudade que se perde.
O medo que se constrói
No beijo que não se pede.
Não sei o que eu quero
Mas nem por isso tenho dúvidas,
Apenas caos luz exatidão.
O que foi aquilo que não vi então?
Era alma em disparada,
Práxis libertária condensada.
Era algo de estranho
Em coração de estanho.
Não sei o que eu quero
Mas nem por isso tenho dúvidas,
Somente venda olhos escuridão,
Último suspiro do pulmão,
Língua tateando corpo,
Mísera arritmia de morto,
Dentes mordendo a boca,
Marca de ânsia ao retirar a roupa.
Não sei o que eu quero
Mas nem por isso tenho dúvidas:
Como meninos imberbes
Fronte seios fartos.
Qual navio à deriva,
Pendente do mastro,
Flana minha alma.
Não sei o que eu quero
Mas nem por isso tenho dúvidas.
20/06/2009
WML
2 comentários:
Muito bom! Quanto a isso, não tenho dúvidas: excelente!!! Antes de ler a autoria, já sabia que era seu.
Thanks Susana...
Vc é sempre muito generosa rsss!
Abraços,
WML
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