terça-feira, 4 de novembro de 2008

Poemas (um cárcere?)


Há muito não escrevo poemas,
Ao menos, não em verso.
Porém, a inspiração, eu a meço
Em pontos, vírgulas ou tremas.

A prazo à vista a varejo –
A realidade é o que vejo,
Privada pessoal intransferível,
Um universo a todos invisível.

As rimas me escapolem às mãos.
Desdenho-as. Não as desejo.
Aliterações de psitacídeo em solfejo,
São sons repetidos em vão.

Gutural e espasmódica,
Em gesso branco cal gótica.
É Poesia encarcerada em pena,
Presa nas presas do poema.


Resende,04/11/08
WML


3 comentários:

Franca Leal disse...

WML,
muita satisfação ao encontrar aqui seus versos, pontos, vírgulas, tremas, aliterações, como seja, imenso prazer ver compartilhar no 'realidade' seu poema.
Saudações poéticas ao querido companheiro das rimas que felizmente escapolem e se manifestam com tanta presteza, mesmo alegando que não seja.
F.Leal

Anônimo disse...

Caríssima,
belíssima prosa (ou poema!?)
maleducadamente não agradeci ao convite, mas foi para não romper o "clean" do post...

Grato, muito grato pelo convite.
Veio em boa hora, pois como disse há muito não construo poemas. Muito singelo o convite!

Beijo,
WML

Anônimo disse...

Belíssimo!